terça-feira, 24 de agosto de 2010

 

 

Governo quer linha do BNDES para financiar banda larga

 

O governo quer lançar duas linhas de crédito específicas para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Nelson Fujimoto, assessor da Presidência da República e integrante do comitê de inclusão digital (CGPID), uma delas será voltada para as grandes empresas e outra para os pequenos provedores, com condições especiais de financiamento, com juros abaixo do mercado, para a compra de equipamentos nacionais para construção e ampliação da rede. O valor das linhas ainda não foi divulgado, mas segundo Fujimoto, não há limite para esse tipo de financiamento. "Se o interessado pega o financiamento do BNDES e utiliza para comprar equipamento com tecnologia nacional, tem juros "abaixo do abaixo". Se for por PPB (processo produtivo básico), tem que discutir", afirmou Fujimoto, ao participar do 2º Fórum Brasil Conectado, realizado em Brasília. Preenchendo esses requisitos, as empresas terão condições especiais de financiamento, mas segundo Fujimoto, as taxas de juros ainda não foram definidas. "Estão em discussão e vamos definir nos próximos meses", disse. O assessor declarou que o governo está ciente da dificuldade que os pequenos provedores têm de dar garantia para a obtenção de empréstimos para ampliar a rede de infraestrutura. Por essa razão, segundo ele, a proposta em estudo prevê que a operação seja feita via cartão BNDES. "Estamos trabalhando também com o Sebrae, em conjunto. Estamos discutindo com Banco do Brasil, Caixa e BNDES a possibilidade de utilização, no cartão BNDES, de fundos garantidores de crédito. Essa é a grande novidade", ressaltou. Segundo ele, a linha de crédito especial estará disponível também para lan houses. Ele ponderou, contudo, que para ter acesso a esse tipo de financiamento, "ninguém pode estar irregular".Como o orçamento para este ano já está fechado, Fujimoto explicou que as linhas de financiamento estão previstas para o ano que vem. Ele observou, porém, que as linhas ainda não estão fechadas.

Fonte: Estadão - Matéria KARLA MENDES 

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