quarta-feira, 28 de julho de 2010

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Presidente Lula

Lula e Ortega pedem gestos a Honduras e calma a Colômbia e Venezuela


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega da Nicarágua, Daniel Ortega, reiteraram hoje que o golpe de Estado do ano passado em Honduras "é uma ferida que ainda está aberta", e pediram calma a Colômbia e Venezuela, que enfrentam uma grave crise diplomática. Tanto a situação em Honduras como a crise entre colombianos e venezuelanos foram analisadas pelos dois governantes durante uma reunião a portas fechadas, realizada durante a primeira visita oficial de Ortega ao Brasil. Lula e Ortega deram a entender que ainda não se deram as condições necessárias para que seus Governos reconheçam como legítimo presidente de Honduras Porfirio Lobo, que assumiu em janeiro após vencer as eleições convocadas após o golpe que derrubou Manuel Zelaya em meados do ano passado. "Não podemos admitir que o golpe de 28 de junho de 2009 em Honduras se transforme em um incentivo para novas aventuras contra a democracia", ressaltou Lula. Já Ortega insistiu em que é "necessário" que Honduras esteja em "condições" de ser reincorporado à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao Sistema de Integração Centro-Americano (Sica). O presidente nicaraguense desconheceu uma decisão do Sica da semana passada que aprovou o retorno de Honduras, em reunião à qual Manágua não enviou representantes. "Precisamos trabalhar para superar essa situação, e para que o Sica também possa desenvolver relações com a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e busque a integração latino-americana", afirmou Ortega. Com relação à crise entre Colômbia e Venezuela, Lula destacou que, em sua opinião, "não há conflito" além do "verbal", e considerou que é necessário "ter paciência e calma" até 7 de agosto, quando o atual presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, passará o poder a Juan Manuel Santos. Lula disse que conversará sobre o assunto com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante a visita oficial que fará à Venezuela em 6 de agosto, e que nesse mesmo dia viajará a Bogotá para se reunir com Uribe e com Santos. "Estamos dispostos a construir a paz na América do Sul", e para isso é fundamental "recuperar a normalidade" nas relações entre Caracas e Bogotá, apontou o presidente. Sobre essa situação, Ortega lembrou os conflitos que há três décadas sacudiam os países centro-americanos, e que foram superados quando "houve disposição para o diálogo" entre todas as partes envolvidas. No caso da Colômbia, declarou que "o conflito interno, que extrapola as fronteiras, deve ser resolvido primeiro com a vontade dos colombianos por buscar acordos", o que, em sua opinião, ajudaria a reduzir as tensões regionais. "Também contribuiria para continuar com a nova história de unidade e integração que os povos latino-americanos constroem", acrescentou o líder nicaraguense. No âmbito regional, Lula reiterou a Ortega seu interesse na retomada das conversas para um acordo comercial entre o Sica e o Mercosul, negociado desde 2004. Também apontou que, durante a Presidência rotativa do Mercosul - que o Brasil exercerá a partir de 3 de agosto - será traçada a meta de concretizar essas negociações, "que seriam fundamentais" para impulsionar o comércio entre as duas regiões.
Durante o encontro, os dois presidentes também discutiram a agenda bilateral, com ênfase em planos de cooperação que o Brasil apoia na Nicarágua nas áreas de agricultura, casas populares, saúde, educação, energia e combate à fome. Nesse sentido, Ortega destacou o apoio que a Nicarágua recebeu do Brasil para a construção da represa hidroelétrica de Tumarín, na Região Autônoma do Atlântico Sul, cujas obras ficaram nas mãos de um consórcio de capital brasileiro.

Fonte: Terra Brasil 

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