Psiquiatra e fundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Maria Thereza Aquino.
Crack avança na América do Sul
Ao contrário da América do Norte e da Europa, o consumo de cocaína e derivados na América do Sul está em expansão. A região é a quarta maior consumidora mundial e, o Brasil, o maior mercado sul-americano, com 900 mil usuários, seguido pela Argentina, com um número três vezes menor. É o que mostra o Relatório Mundial sobre Drogas 2010, lançado pelo Escritório sobre Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas (Unodc) no mundo inteiro, às vésperas do Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico de Drogas.
De acordo com o relatório, a produção de ópio e coca está estabilizada ou em declínio e os maiores mercados consumidores, desde a década 1990, dessas substâncias (Europa e Sudeste Asiático no caso da heroína, e América do Norte e Europa Ocidental, no caso da cocaína) estão diminuindo, mas o consumo nas nações em desenvolvimento continua em crescimento. A área mundial de cultivo de coca caiu 28% de 2000 a 2009 e está em 158,8 mil hectares – 43% na Colômbia, 38% no Peru e 19% na Bolívia. Neste período houve uma diminuição de 58% das áreas na Colômbia, mas um aumento de 38% no Peru e de 112% (mais que o dobro) na Bolívia. A cocaína é a droga que mais demanda tratamento na região (49%).
Ao mesmo tempo, enquanto as apreensões diminuíram na América do Norte e na Europa, aumentaram na América do Sul, passando de 322 toneladas em 2007 para 418 toneladas em 2008. A maior parte (mais de 60 toneladas) foi registrada na Colômbia, mas Peru (96%), Bolívia (62%), Argentina (51%) e Brasil (21%) também tiveram aumentos que contribuíram para esse crescimento. A única exceção na região foi o Chile, que teve uma redução de 12%. O relatório informa que, tradicionalmente, a cocaína segue diretamente da Colômbia pelo Golfo do México e pelo Oceano Pacífico, mas que, devido à pressão das apreensões e outras mudanças na demanda de mercado, a Venezuela, o Equador e o Brasil passaram a ter papel importante no tráfico – 10% do que foi mandado para a Europa em 2008 por navio partiu do Brasil. Boa parte do consumo de 900 mil usuários estimado no país está relacionado ao pesadelo recente do crack, fabricado a partir da pasta de coca e da própria cocaína, segundo o chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Paraná, Rivaldo Venâncio. Recentemente, o Ministério da Saúde falou em mais de 1 milhão de usuários de crack, quando do lançamento do programa de enfrentamento à droga. O número realmente pode ser maior, já que parte dos dados usados pelo Unodc é de 2005 e a escalada do crack data de três anos para cá. Segundo Venâncio e outros especialistas, nos últimos anos muitos dos usuários da cocaína comum migraram para o crack. “O preço mais barato é um fator importante nessa migração”, diz. A falta de oferta da cocaína também teria provocado essa migração. Até 2008, o crack, que já tinha marcado presença em São Paulo e mesmo aqui em Curitiba, ainda não tinha se proliferado no Rio de Janeiro. “Havia um pensamento entre os traficantes que, por causa do efeito devastador da droga [que é cerca de 80 vezes mais potente que a cocaína comum], o tráfico de crack não seria lucrativo. O que acontece, no entanto, é que, a medida que a pessoa vai se tornando usuária, o custo vai subindo. Aquele que começou com uma pedra de R$ 3, vai passar a comprar cinco, dez pedras. Com isso, desde o ano passado, a quantidade de pacientes que recebemos aumentou de forma alarmante”, conta a Psiquiatra e fundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Maria Thereza Aquino. O último relatório do Narco¬denúncia mostra um crescimento na apreensão de pedras de crack no Paraná: de 12.765 em 2003 para 1,3 milhão em 2009. Neste ano, de janeiro até agora, foram 785.688 pedras apreendidas. Na última segunda-feira, 37 quilos de crack e quatro quilos de cocaína foram apreendidos em em Curitiba. Quatro pessoas foram presas. Dados sobre o uso de drogas servem como base para a definição de ações governamentais. Segundo a secretária adjunta da, os levantamentos são fundamentais para “conhecer, de fato, qual a situação da população e, a partir disso, planejar intervenções eficazes em conjunto com a comunidade acadêmica, sociedade e governo”.
Fonte; Gazeta do Povo – Matéria de Fabiane Ziolla Menezes, c/colaboração de Gladson Angeli
Joaquim Roriz
PSDB faz aliança com Roriz
O presidente do diretório regional tucano, Márcio Machado, anunciou no fim da tarde de ontem que o PSDB-DF vai apoiar Joaquim Roriz (PSC) na disputa pelo Palácio do Buriti este ano. O apoio que, segundo Machado, tem o aval do comando nacional de seu partido, foi oficializado ontem à tarde, na residência do pré-candidato social-cristão. No encontro, estiveram representantes de nove legendas: os presidentes regionais do PSC (Valério Neves), PR (Izalci Lucas), PMN (Jaqueline Roriz), PSDC (Silvana Siqueira), PT do B (Paco Britto), PRTB (Caio Donato), PTS (Silvana Amaral) e PSDB (Márcio Machado). Representando o PP, esteve o secretário geral da legenda, Gilvan Galdino. Também compareceram o deputado federal Laerte Bessa (PSC) e ex-senador Lázaro Barbosa (GO), antigo aliado de Roriz. O deputado federal do PR, Jofran Frejat – que compõe a chapa de Roriz como vice e a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, que pleiteia uma vaga no Senado Federal, confirmaram as respectivas pré-candidaturas. É cogitado ainda que o Bispo Rodovalho (PP) venha disputar a outra vaga do Senado, uma vez que a saída do DEM da coligação deixou a posição em aberto. O acordo entre PSDB e PSC, consequentemente, sela a divisão do palanque eleitoral do candidato tucano à Presidência, José Serra, com o ex-governador do DF. “Roriz tem 42% de aprovação. Todos sabem que ele tem eleitorado cativo. Serra jamais poderia dispensar esse acordo”, analisou Márcio Machado. O posicionamento dos tucanos foi divulgado um dia após representantes do PSDB nacional se reunirem com partidos aliados e representantes da área jurídica da campanha de Serra para debater o alcance da lei Ficha Limpa, e no mesmo dia em que Abadia retornou de São Paulo onde se encontrou com caciques pessedebistas. Roriz afirmou que espera vencer logo no primeiro turno e que está acostumado com tentativas de retirá-lo das disputas eleitorais. “Se um dia descobrirem algo que me comprometa eu serei o primeiro a renunciar”, garantiu, dizendo que está disposto a angariar votos. “Quero ir dos grotões aos palacetes pedir votos nas ruas. Eu conheço Brasília. Estou com vontade de vencer as eleições já no primeiro turno”, afirmou, acrescentando que irá ajudar a eleição presidencial. "O Serra tem palanque no DF e disputo com o PT há 20 anos. Não é agora que vou ficar contra aquele que também combate o PT", justificou-se. A candidatura de Joaquim Roriz ficou ameaçada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar vigente lei da Ficha Limpa já para as eleições deste ano. Mas para Eládio Carneiro, advogado de Roriz, a nova legislação não deve atingir o pré-candidato. “Roriz está no uso e gozo dos direitos políticos. Ficha Limpa é um anseio da sociedade, mas ela não pode atropelar a Constituição. Só haverá impugnação da candidatura de Roriz se houver partidarização por parte dos órgãos fiscalizadores”, aposta, dizendo que um grupo de advogados deverá recorrer ao Supremo Tribunal Federal, caso Roriz não possa ser candidato.
Fonte: Tribuna do Brasil- Matéria de André Borges
Presidente Lula
Lula critica lei que veta investimento durante eleições
Ao participar de cerimônia de lançamento do programa Cinema Perto de Você, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva queixou-se da legislação eleitoral que impede a assinatura de convênios e investimentos a partir do mês do julho. Lula, que assinou a Medida Provisória que prevê isenção de impostos federais para a construção de cinemas, pediu empenho dos ministros para aprovar a legislação ainda este ano. No seu discurso, Lula chegou a defender a criação de uma nova estatal para fazer a distribuição dos filmes. "Precisamos, se for o caso, de uma empresa pública para distribuir filmes. Senão, as (distribuidoras) de Hollywood vão ocupar todo o espaço", defendeu o presidente. Lula começou seu discurso dizendo que, embora estivesse chegando a um período em que não podem ser assinados convênios com prefeituras por causa da lei eleitoral, ia fazê-lo porque precisa governar o ano todo. "A gente não tem de ter preocupação com o tempo de mandar a lei ou não. Se a gente ficar esperando apenas o tempo eleitoral, a gente não vai fazer nada. Nós perdemos um quarto do mandato, que eu não posso fazer nada a partir de julho, nem convênio com prefeitura, nem investimento", disse Lula. "Eu tenho de governar 365 dias por ano e, se a gente trabalhar bem, o Congresso pode aprovar essa lei este ano ainda. Quem vier depois de nós, faça o que entender que deva ser feito", afirmou Lula, que evitou fazer qualquer comentário quando, alguém na plateia gritou o nome da candidata ao Planalto, Dilma Rousseff. Lula pediu que os prefeitos e governadores abram mão do ISS e do ICMS, assim como o governo federal abriu mãos de suas receitas, para que as salas de cinemas possam ser construídas no interior. Pediu também "criatividade" aos empresários para que os cinemas atraiam o público no interior, para que o cinema chegue às pessoas. Segundo o presidente, a sala de exibição tem de ser "multiuso", para incentivar o "cidadão a largar o controle remoto". Lula avisou ainda que, quando deixar o Planalto, vai voltar a frequentar cinema e estádio de futebol. "Tem duas coisas que eu tenho obsessão de voltar a frequentar: é cinema e estádio de futebol. Eu ando com uma vontade de ver o meu Coringão ser campeão", disse ele, provocando risos na plateia.O governo quer incentivar os governos estaduais, as prefeituras e a iniciativa privada a investir na expansão dos cinemas, com foco especialmente nos consumidores da classe C e nos habitantes das regiões Norte e Nordeste, que apresentam a pior relação habitante/sala de exibição do País. Na cerimônia, foi anunciada ainda a abertura de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 500 milhões para que sejam construídas salas de cinema pelo interior do País.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo – Matéria de Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura- Agência do Estado
Julia Gillard
Austrália tem pela primeira vez uma mulher à frente do Governo
Julia Gillard substituiu Kevin Rudd como primeira-ministra da Austrália, tornando-se na primeira mulher a liderar o Governo deste país. A substituição aconteceu numa eleição interna para a liderança do Partido Trabalhista. Rudd, enfraquecido por uma enorme queda de popularidade, reconheceu a derrota e escolheu não se sujeitar à votação dos trabalhistas. Gillard foi então escolhida com os votos dos parlamentares do partido. Tudo aconteceu muito depressa e de forma inesperada. “A velocidade das mudanças realizadas foi alucinante”, disse à AFP a politóloga Elizabeth van Acker. “Ontem à mesma hora, ninguém anteciparia um tal cenário.” Analistas citados pela BBC consideram que Rudd não foi a votos porque sabia que ia perder. “Sinto-me honrada”, afirmou Gillard à saída do Parlamento de Camberra. Admitiu depois que não foi “eleita pelo povo australiano” e que pedirá “nos próximos meses ao Governo geral para convocar eleições de forma a que os australianos possam exercer o seu direito original e escolher o seu primeiro-ministro”. Em Outubro há eleições na Austrália. Gillard, vice-primeira-ministra desde 2007, entrou no Parlamento em 1998. Tinha também a cargo o Ministério do Emprego e da Educação, onde geriu um ambicioso programa de investimento nas escolas. Assumidamente celibatária, disse numa entrevista em 2008 que admirava “as mulheres que conseguem gerir a vida de família e a vida profissional”, confessando não ter “certeza de ser capaz”. Gillard tem agora como primeira missão reunificar o partido, enfrentando em seguida os mesmos problemas que levaram à queda de apoio popular a Rudd, nomeadamente o projecto de lei sobre comércio de emissão de carbono (que Rudd abandonou depois de perder o apoio do Parlamento e ela já anunciou que vai reactivar) e o imposto sobre as actividades mineiras, ao qual os donos das empresas do sector se opuseram com uma campanha milionária. Em termos de política externa, não se antecipam grandes mudanças, nomeadamente no envolvimento no conflito afegão, onde a médio prazo os australianos vão permanecer.
Fonte: Público 20
Galvão Bueno
Fox nega citação de Galvão Bueno em "Os Simpsons"
A Fox Brasil negou que o narrador e comentarista esportivo, Galvão Bueno, será citado em episódio de 'Os Simpsons'. De acordo com o site Terra, a assessoria de imprensa da empresa declarou nesta terça-feira, 22, que a informação é apenas um boato. A notícia de que o comentarista estaria na série ganhou força em sites e jornais do País depois de um blog brasileiro divulgar uma imagem em que Bart Simpson aparece de castigo na sala de aula, escrevendo repetidas vezes no quadro a frase "I Will not tweet more 'Cala Boca Galvão'" (Eu não vou mais twittar 'Cala Boca Galvão'). A falsa notícia dizia ainda que o criador da série, Matt Groening, teria prometido relembrar a fictícia campanha “Cala Boca Galvão”, líder dos Trending Topics do Twitter por dois dias, por ter ficado sensibilizado com a dedicação pela preservação da espécie ameaçada de extinção, o papagaio Galvão.
Fonte: A Tarde On Line
Dilma Rousseff
Pesquisa Ibope aponta Dilma com 40% e Serra com 35%
O cenário da pesquisa que apresentou esses resultados é o que inclui somente Dilma, Serra e Marina. No cenário que reúne 12 candidatos, Dilma soma 38,2%, Serra, 32,3% e Marina, 7%. É a primeira vez que Dilma aparece à frente de Serra numa pesquisa de intenção de voto para presidente. No início de junho, em outro levantamento do Ibope, divulgado no último dia 5 e feito por encomenda da TV Globo e do jornal “O Estado de S.Paulo”, Dilma e Serra apareciam empatados com 37% das intenções de voto. Marina Silva acumulava 9%. A margem de erro do levantamento divulgado nesta quarta é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Portanto, Dilma pode ter entre 38% e 42%; Serra, entre 33% e 37%; e Marina, entre 7% e 11%. Disseram que votarão em branco ou nulo 6% dos entrevistados. Os que responderam que ainda não sabem em quem votar são 10%, segundo o Ibope. A pesquisa é a primeira realizada após a oficialização das candidaturas de Dilma, Serra e Marina pelas convenções partidárias. O Ibope entrevistou 2.002 eleitores entre os dias 19 e 21 em 140 cidades. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 16292/2010. Na simulação de segundo turno, Dilma teria 45% e Serra, 38%, segundo o Ibope. Na hipótese de segundo turno entre Dilma e Marina, a petista venceria por 53% a 19%. Serra ganharia de Marina por 49% a 22%. O Ibope mediu também o grau de conhecimento do candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em março, 58% reconheciam Dilma como a candidata de Lula. Na pesquisa divulgada nesta quarta, o grau de conhecimento é de 73%. Quando os pesquisadores perguntaram aos entrevistados o grau de conhecimento de cada um dos candidatos, 13% disseram conhecer "bem" Dilma; 32%, "mais ou menos”; 28%, "pouco"; 23% "ouviram falar" e 4% disseram não conhecer. O candidato tucano é "bem conhecido" por 24% dos entrevistados; "mais ou menos" por 39%; "pouco" por 22%; 13% só "ouviram falar". Ninguém respondeu que não conhece José Serra. Segundo a pesquisa, Marina Silva é "bem" conhecida por 6%; "mais ou menos" por 21%; "pouco" por 26%; 33% "ouviram falar" e 13% disseram não conhecer a candidata do PV. Dentre os entrevistados, 23% disseram que não votariam em hipótese nenhuma em Dilma Rousseff. Os que rejeitam Serra são 30% e os que nunca votariam em Marina somam 29%. A capacidade de Lula influenciar no voto dos eleitores registrou uma leve redução entre os entrevistados pelo Ibope. Em março a preferência dos entrevistados por um candidato indicado por Lula era de 53%. Já no levantamento divulgado nesta quarta 48% dos entrevistados disseram votar no candidato do presidente. A disposição de votar em um candidato de oposição foi manifestada por 10% dos entrevistado, mesmo cenário registrado em março. Segundo o levantamento, 75% consideram ótimo ou bom o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já a avaliação pessoal do presidente atinge 85% de aprovação, recorde na série histórica da pesquisa Ibope encomendada pela CNI. O percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo é de 3%, segundo a pesquisa. Os que julgam o governo regular são 20%. Na avaliação pessoal do presidente, 11% desaprovam Lula, o índice mais baixo já registrado pelo levantamento. A pesquisa também mediu a confiança dos entrevistados no presidente Lula: 81% disseram confiar no presidente e 15% afirmaram que não confiam; 4% não responderam ou não souberam dizer.
Fonte: G1 – Correio Press
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