segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Suu Kyi quer fazer uma ‘revolução pacífica' em Mianmar

A líder opositora e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi disse nesta segunda-feira que o seu objetivo é fazer uma “revolução pacífica" em Mianmar. De acordo com a rede britânica BBC, ela afirmou estar certa de que a democracia voltará ao país, apesar de não falar num prazo para que isso ocorra. Suu Kyi foi libertada no último sábado, seis dias depois das primeiras eleições em vinte anos em Mianmar. Ela cumpriu sete anos e meio de prisão domiciliar por se opor à Junta Militar que governa o país. Foi a última condenação que recebeu por sua atuação política.  No primeiro dia de trabalho após a libertação, Suu Kyi iniciou suas tentativas de devolver a legalidade ao seu partido. A Liga Nacional para a Democracia (LND) foi dissolvida em maio, quando pediu o boicote às eleições do dia 7 de novembro e não se registrou para o pleito.A Nobel da Paz indicou que não fará comentários sobre as eleições - criticadas por alguns partidos, pela União Europeia e pela ONU por sua falta de transparência - até que possa revisar todas as alegações de fraude apresentadas.Suu Kyi, que ainda não tem telefone em sua casa de Rangún - onde passou confinada 15 dos últimos 21 anos -, também pediu uma reunião com o chefe da Junta Militar, o general Than Shwe, para iniciar um diálogo de reconciliação nacional. Than Shwe se reuniu pela última vez com Suu Kyi em 1994, dois anos depois de assumir o poder e quando a Nobel da Paz cumpria o último ano de seu primeiro período sob prisão domiciliar.No último domingo, em seu primeiro comício político após ser libertada, a líder opositora já havia feito um pedido a todas as forças democráticas para trabalharem juntas em favor de Mianmar. "Democracia é quando o povo exerce o controle sobre o governo. Eu sempre aceitarei este tipo de controle", disse Suu Kyi, que também falava para os militares que governam o país desde o golpe de estado de 1962 e que nunca reconheceram a vitória da LND no pleito de 1990.Na noite do último sábado, mais de 3.000 seguidores comemoraram em frente à casa de Suu Kyi quando os soldados retiraram as cercas e os arames farpados. A libertação da opositora também foi celebrada pela maioria dos líderes mundiais, como o presidente americano, Barack Obama. Eles lamentaram, no entanto, que outros 2,1 mil presos políticos do país continuem na cadeia ou detidos em suas casas.

 

Fonte: Agência EFE e Veja.com

 

 


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